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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O cérebro sexual (Stephen Kanitz)




O cérebro sexual (Stephen Kanitz)

"O que chamamos de egoísmo é no fundo
altruísmo, um desejo de atrair o sexo
oposto e compartilhar a vida com ele.
Por isso, intelectual odeia rico, e
vice-versa, e as mulheres adoram ambos"

Um dos melhores livros que li nos últimos anos foi A Mente Seletiva,
de Geoffrey Miller, um especialista em psicologia e genética
comportamental. Nunca escrevi algo polêmico aqui antes, porque
assuntos polêmicos requerem um livro inteiro, não uma única página.
Vou arriscar e abrir uma exceção. Ele começa apontando um segundo
livro de Darwin que poucos lêem, A Origem do Homem, em que ele fala de
seleção sexual. Mulheres selecionam homens, e vice-versa. A variação
genômica não é só conseqüência do meio ambiente.
O melhor exemplo é a plumagem do pavão, que o torna mais lento na hora
de fugir dos seus predadores, mas é do que as fêmeas gostam, e por
isso ele deixa mais descendentes quanto maior e mais bela for sua
plumagem. Se você achava que Darwin e "evolução" significam "a
sobrevivência do mais forte", você foi ludibriado por alguém. Não
podemos esquecer a seleção sexual que age para "a sobrevivência dos
mais atraentes ao sexo oposto". Uma bela diferença.
Geoffrey Miller traz uma nova teoria sobre por que o cérebro humano é
tão mais desenvolvido que o dos outros animais. Ele sugere que foram
as mulheres que nos fizeram mais inteligentes. Até hoje, homens
selecionam mulheres bonitas, mas mulheres selecionam homens
inteligentes. Elas namoram mauricinhos, mas casam-se com o que chamam
de "homem-cabeça".
Muitos homens já sabiam disso intuitivamente, basta responder a esta
singela pergunta: "Para conquistar o amor de uma mulher você usaria
prosa ou poesia?". Se respondeu que amor se conquista com poesia, você
é do time do Miller. Pela lógica, você deveria ter respondido "prosa".
Prosa é mais amplo, você pode dizer absolutamente tudo. Poesia é
limitante, especialmente se for rimada em versos alexandrinos. Tente
rimar "seus lindos olhos azuis". Você só tem mais alguns segundos
antes de ela sumir.
Só que Miller está certo: mulheres ficam fascinadas com homens que
sabem escolher o ritmo das palavras, que selecionam um pequeno grupo
estranho de termos, não aqueles que realmente descrevem seus
sentimentos. Mulheres preferem um homem feio com senso de humor ao
oposto.
Se a tese for comprovada, as conseqüências são múltiplas e
devastadoras. O cérebro seria mais um órgão sexual que muitos homens
usam descaradamente, mentindo, por exemplo. Isso explica o intelectual
pavão, que utiliza o cérebro não na busca da verdade, mas para seduzir
o sexo oposto. Explica por que tão poucos intelectuais conseguem
convencer outros intelectuais nesses simpósios e debates públicos que
acabam sendo conversas de surdos e que são feitos só para as pessoas
aparecerem, e não para criar o necessário consenso para consertar
alguma coisa. Miller explica o motivo: homem não aceita idéia de outro
homem, por uma questão de honra.
Mais uma vez, nesta semana usei os ensinamentos de Miller ao ler uma
crítica aos nossos políticos na internet, por terem filhos fora do
casamento, o que é uma grosseira generalização. Nossos políticos não
são mulherengos, pelo menos não mais nem menos do que o resto da
população. O problema é que mulherengos se tornam políticos por ter
justamente os requisitos intelectuais necessários para seduzir o
eleitor. Vide Bill Clinton, Mitterrand e Kennedy. Se Miller estiver
certo, é uma pá de cal na democracia, não é esse o tipo de político
que queremos, gastador por definição.
Se mulherengos escolhem propositadamente algumas profissões, em que
possam usar seus privilegiados cérebros para conquistar mulheres,
quais seriam elas? E, aí, como vamos separar o joio do trigo? Como
teremos uma sociedade mais justa e igualitária? Miller responde a algo
que sempre me intrigou: por que alguém com 1 milhão de dólares arrisca
tudo para dobrar o seu capital? O que estaria por trás de toda essa
ganância da direita e dessa ânsia de poder da esquerda? A resposta
dele para as perguntas: mulher. Por outro lado, aponte-me alguém que
continue rico após o quarto casamento ou que atraia mulher em fim de
mandato.
O que chamamos de egoísmo é no fundo altruísmo, um desejo de atrair o
sexo oposto e compartilhar a vida com ele. Por isso, intelectual odeia
rico, e vice-versa, e as mulheres adoram ambos. O trailer é esse,
minha gente. Leiam o livro para tirar as próprias conclusões.

Texto copiado do site: Um grupo do google
Ainda estou com preguiça de remexer em meus pensamentos, por isso o CTRL+C, CTRL+V!

Bjosss
Gi.

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