Pensamentos de "busão"!

Este blog é para aqueles que, como eu, sempre que viajam de ônibus, carro, avião, jegue ou seja lá o que for, sempre aproveitam esse tempo para pensar, refletir sobre a vida ou mesmo distrair-se para o tempo passar mais rápido!! Boa viagem!!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Ser o que nem sei se sou, pelo simples direito de poder ser.



Afinal de contas, quem eu sou?
Acho que esse é o impulsionador de todos os textos do blog ( e de cada postagem do face e de cada história que eu conto pessoalmente).
Releio textos desse blog e percebo que sou/fui tantas coisas. Cada tempo uma coisa. Mas o que fica de contínuo? O que permanece em todas as fases?
Preocupei-me sempre com a lógica, com o certo, com o que "faz sentido". Pouco me permiti sentir realmente. Fujo dos sentimentos até que acontecem coisas que não me permitem mais fugir, onde os sentimentos são arrancados, todos de uma vez, sem que eu tenha tempo de trancá-los.
É difícil responder à "quem sou". Cada pouco mudo de opinião. Mas percebi uma constante, essa vontade de ver os outros bem focando na questão de serem respeitadas na sua forma de ser.
Engraçado não? Quero para os outros o que quero para mim. Escolhi trabalhar com as pessoas justamente aquilo que tenho de mais deficitário em mim.
Pois é, fudeo. 
Melhor então tentar responder o que eu quero ser. Não me vem nada relacionado a profissão, status civil, social ou econômico. Tudo o que penso é em poder ser livre, ser como quiser, ser como sou. Nada de barreiras estéticas, financeiras ou políticas me definindo.
Ser EU.
Aí complica, porque comecei dizendo que não sei quem sou. Mesmo assim, quero ter a liberdade para descobrir e mudar de opinião, se assim desejar.
o que quero é liberdade e tenho certeza que essa é uma das minhas constâncias (achei outra!!).
Não quero pertencer à um padrão, estar na moda, ser de um grupo. Quero ser o que quiser, sem me sentir pressionada a ser outra coisa.
Não sei o que sou, mas o que quero ser é utopia.




quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Um dia, todo mundo cansa.

Não há nada que dure para sempre quando não é alimentado.
Sim sim, quando não é alimentado.
Não quero aqui, acabar com seus sonhos, seus projetos, seus amores.
Quero mesmo chamar atenção para aquelas coisas que sabemos, bem lá no fundinho, que não vão dar certo e mesmo assim continuamos alimentando.
 As vezes usando uma energia que nem temos sobrando e que precisa ser tirada de coisas vitais.
Fico eu, como psicóloga que sou, me perguntando porque diachos fazemos isso.
Levanto várias hipóteses e a que parece ter mais fundamento é que usamos esses planos para nos desviar das coisas que realmente deveriam estar recebendo nossa energia.

É difícil encarar o mundo na "cara e na coragem". As vezes precisamos divagar. As pessoas com esquizofrenia que o digam.
 Mais levitar que manter os pés no chão parece divertido no início. Dá a sensação de felicidade, liberdade. Depois de um tempo dá enjoo. Vontade de pôr os pés no chão e já nem mais saber como se fazer.

Ai! Tão complicado ser gente.

Daí quando você percebe tudo isso, tem vontade de sair correndo e revolucionar sua vida. As vezes até faz isso. E percebe que é furada. Porque na correria não dá tempo de alicerçar bem seus planos.

Não tenho muita experiência de vida, mas se tem uma coisa que eu posso afirmar aos 26 anos de experiência é que é melhor fazer poucas coisas com calma do que sair fazendo tudo de uma vez, com pressa, sem pensar.

Isso tá parecendo papo de reflexão de fim de ano né?
Pode ser. Porque eu tenho mesmo a sensação que esse ano já deu o que tinha que dar.
Tô apostando no próximo.
Mas calma, não tô saindo tipo louca comprando todos os bilhetes de aposta em janeiro.
Tô dando pequenos passos para chegar em janeiro respirado melhor.

Então, se você perceber que algo não te faz bem é simples: pare de alimentar. Melhor, pare de regar, pois nada sobrevive sem água, por mais resistente que seja.

Boa noite!

P.S: Mas que estranho, eu postando alguma coisa que não seja sobre amor.
É mais sobre amor do que vocês podem imaginar (ou de um sentimento que eu pensava ser amor)!


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Perdi as palavras.

Sabe quando você quer falar, mas não sabe o que dizer?
Pois é, pois é, pois é...
Os conhecidos diriam que estariam surpresos por essa "matraca ambulante" estar calada, mas os que realmente me conhecem sabem o quanto divago nos assuntos antes de dividi-los com o mundo.
Vou usar uma música porque acho que é minha melhor saída enquanto tento organizar todas as coisas que estou sentindo.


Até mais.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Dor de côrno sem chifres.




E volto eu correndo pro blog.
Leitores conhecedores da página pensarão: mais uma dor de corno.
E não é que eles tem razão!
Nada mais me faz ter tanta vontade de escrever do que uma boa e velha dor de corno.
Não, não. Nada de chifres.
Nenhuma promessa de "não olharei para nenhuma outra pessoa no mundo" foi quebrada. Até porque nunca houve uma.
No único relacionamento sério que tive essa frase nunca precisou ser pronunciada porque era desnecessária: nenhum dos dois achava que precisava dizer ou ouví-la.
Mas enfim, estava falando sobre a nova dor de corno.
Então...
Quando você conhece alguém e, de cara, pensa: nossa, essa pessoa é uma palhaça como eu.
E é uma palhaça como você, gosta de futebol e das mesmas músicas...
Um estalo surge na sua cabeça: "não seria ótimo se nos apaixonássemos? Combinamos tanto!".
Seria.
Acontece que o amor não é uma coisa planejada, arquitetada (embora algumas linhas teóricas da psicologia dizem que podemos manejar os sentimentos. Eu discordo).
Que pena. Quem sabe seria tão melos doloroso, teríamos menos equivocos.
Mas sabe, as alegrias também seriam menores.
Com o passar do tempo eu venho descobrindo que as grandes alegrias vem das coisas inesperadas mesmo e da capacidade que elas tem de nos surpreender e de nos tirar da velha linha de raciocínio.
E voltando à dor de corno.
Como o cérebro de vocês grita de vez em quando: as pessoas não são assim perfeitas como a gente imagina nos momentos de alegria.
Perceber que a pessoa que idealizamos não é esse ideal é um choque de realidade bem grande.
Essa minha mania de inventar tantas coisas, inventou uma pessoa que não existe, um sentimento que era carênia maquiado de amor.
É como pôr chifres em você mesmo.
Mesmo sendo dolorido, a realidade é o melhor.
É melhor mesmo colocar os pés nos chão.
Daqui uns dias vem outra pessoa, e outro sentimento puro/maquiado e a roda começa girar tudo outra vez.
Alguém me segura. Lá vou eu denovo....
Ah!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Quando "cai a ficha".



Desde pequena participei do CTG e por muito tempo ele esteve presente na minha vida.
CTG = Centro de Tradições Gaúchas, lugar onde desde pequenos aprendemos as características
culturais do povo do qual somos descendentes.
As pessoas que não conhecem essa realidade sempre me perguntam sobre chimarrão e churrasco.
Não as condeno. Essa é a imagem que vendem da nossa tradição. Mas ela é mais que isso.
São as danças, as declamações, as histórias, o jeito que um peão e uma prenda devem portar-se para
a boa convivência e respeito de todos.
Eu me lembrava dessas coisas. Lembrava da alegria de dançar, de conviver com os amigos, das apresentações para as pessoas da nossa cidade, das participações nos rodeios artistícos.
Tantas boas lembranças....

Era disso que eu me lembrava.

Ao chegar lá primeiramente me deparei com aquele ar de magia com o qual me lembrava, mas depois de 10 minutos lá comecei lembrar de todos os outros detalhes que não tinham sido contemplados no meu arquivo de memórias mágicas.
Nesse arquivo não tinha salvado como era chato conviver com os guris da nossa idade que uma hora agiam como "crianças"correndo por todos os lados e gritando e em outras queriam ser os Dom Ruans com suas cantadas e passadas de mão insultantes.
Aí como eu odiava essas coisas. Essas misturas entre pares de dança e pares de casal.
Saco!

Também havia me esquecido como era frustrante ir em todos os ensaios e nos dias que tinha competição as pessoas que quase nunca iam no ensaio irem e detonarem com os nossos pontos.

Não gostava de nunca ter um lugar para ensaiar, sendo que muitas e muitas vezes ensaiamos na rua mesmo.

E que saco quando inventavam uma coreografia que nem nós engoliamos e ainda tinhamos que apresentar aquilo para as outras pessoas.

Que saco, que saco, que saco.

Ali, sentada assistindo aquele ensaio comecei pensar em quantas coisas a nossa memória acaba manipulando.

Passei duas semanas pensando em muitas coisas da vida.
Quantas lembranças que eu tinha como ruins que comecei observar e na verdade não eram tão ruins como eu pensava.
Mas o pior: quantas pessoas e lembranças que eu tinha guardadas na pasta de mágicas ou perfeitas e que no fundo deviam estar na pasta de coisas sem graça.

Que faxina que eu precisei fazer.
Muita coisa não foi jogada fora mas foi preciso que trocassem de lugar.

E eu que vinha mexendo mas minhas memórias mágicas vi, como num passe de mágica, coisas que eu estava encarando como sagradas virarem banais.
Uma pessoa em especial que eu só lembrava das coisas boas e das qualidades e que rapidamente comecei me lembrar dos defeitos e de todos os motivos que me levaram a tomar todas as decisões que tomei.

Me sinto tão mais leve.
Encontrei nesse faxina a parte de mim que eu nem sabia que tinha perdido.

A trilha sonora da vez é o maravilhoso som da moeda caindo.
E que, por mais dolorosas que sejam, que mais moedas continuem caindo.
A realidade é doida quando se apresenta mas é libertadora.
Amém.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Me deixa aqui. Só mais um pouco....

Sabe quando você anda assim, meio sem saber o que falar?
Não, não, não é isso.
Sabe quando você não quer explicar o que você falou porque nem você sabe porque disse aquilo?
Então, o aplicativo de notas do meu celular está cheio de temas e textos incríveis que eu tive pro blog.
Mas e se alguém comentar?
Eu nem vou ter forças ou motivação pra responder.
Então deixei tudo meio anotadinho lá.

E também porque eu não ando cheia de certezas pra nada ultimamente.
Mentira, não é bem isso também.
É mais um cansaço.
Dizer não muda as coisas.
Ficar em silêncio também não.
Correr atrás das coisas? Têm me trazido coisas mais ruins ainda.

Quer dizer, não bem ruins.
Tem me aberto os olhos.
Não que eu não visse o mundo, mas é que o que estava ocupando minha atenção era um mundo
de fantasia, maravilhoso.
Um desses onde a Alice um dia foi parar.
Se tem coelho apressado e chapeleiro maluco?
Não, mas tem príncípes que nunca se transformam em sapos.
[Pode acreditar, sapos são muito mais interessantes que príncipes.
Esses últimos estão sempre impecáveis, com suas caras de bons moços, com
seus cabelos bem arrumados e com aquela apatia de sempre.
Eles até saem em busca da princesa, mas é sempre daquele jeito tradicional, matando o mesmo dragão ou
bruxa.
Pior, hoje em dia eles só fogem deles, nem matar matam mais].

E como recém nascido sou eu, tendo que abrir os olhos e encarar esse mundo doidão.
Tão mais gostoso, tão mais aconchegante aqui dentro no meu mundinho. Quentinho.
Não quero sair não.
Vou ficar mais um pouquinho.

Escuta aí o vídeo da bela obra que me provocou todos esses sentimentos e me deixa aqui mais um pouco.
Quietinha. Quentinha.



sábado, 7 de julho de 2012






               "As pessoas suportam tudo. Às vezes elas procuram exatamente o que será capaz de doer ainda mais fundo, o verso justo, a música perfeita, o filme exato, punhaladas revirando um talho quase fechado, cada palavra, cada acorde, cada cena, até a dor esgotar-se autogáfica, consumida em si mesma transformada  em outra coisa que não saberia dizer qual era".

Caio Fernando Abreu.