Este blog é para aqueles que, como eu, sempre que viajam de ônibus, carro, avião, jegue ou seja lá o que for, sempre aproveitam esse tempo para pensar, refletir sobre a vida ou mesmo distrair-se para o tempo passar mais rápido!! Boa viagem!!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Uma qualidade que não tenho! (balanços de fim de ano)



É importante refletirmos de vez em quando para podermos perceber aquilo que mais nos passa despercebido no dia-a-dia.
A gente acostuma a ser de um jeito e nunca pára pra pensar o porquê de sermos assim.
Fim de ano é um ótimo período pra pararmos.
Pararmos para, ao invés de correr com o mundo, poder observar o nosso próprio movimento.
Nessas paradas de fim de ano eu descobri o quanto é difícil pra mim ficar parada.
Descobri que uma qualidade que eu não tenho é a paciência.
Eu não consigo esperar, não sei e ,talvez até, não queira.
Não me ensinaram, não vivi assim.
Eu fui mimada, eu sou mimada. Tanto que quando não tenho as coisas na hora ou do jeito que quero eu simplesmente desisto, por mais que isso seja importante pra mim.
Percebi que sou assim com o mundo e comigo mesma.
Depois de tanto pensar comecei a "ver" que se não consegui me fixar em grupos talvez seja porque eu nunca tive paciência de acompanhá-lo e ver onde o movimento natural das coisas o levaria. Tinha preguiça de me mudar e acompanhá-lo.
Até as minhas mudanças drásticas na vida foram por falta de paciência, por preguiça e por medo. Preguiça de me mudar, falta de paciência de encarar a mudança e medo de continuar a mesma coisa.
A escolha do meu curso deu-se por falta de paciência; não querer esperar para ver o que era melhor pra mim, por ver que a vida mais uma vez não tornava as coisas do jeito que eu queria então, mais uma vez, eu abandonei tudo e tomei a atitude mais drástica possível: continuar na mesma coisa de sempre.
O meu medo de relacionamentos e a falta de confiança nas pessoas também é por não ter paciência: não quero esperar as pessoas e ver o que elas tem pra me mostrar, não quero de repente ariscar meu tempo e perdê-lo, não quero perder a armadura que me ensinaram desde pequena que eu deveria ter. Um relacionamento é perder a individualidade que tanto prezo, é desistir de tudo aquilo que me fizeram acreditar, é permitir que mais alguém entre no meu mundo, é dividir os medos, se entregar.
Eu tenho medo disso. Fazer isso é como perder a minha personalidade.
Num final de tentativa de relacionamento, lembro-me que a pessoa que estava construindo-o comigo me chamou de "dama-de-ferro".
Numa outra tentativa, quando vi que realmente era uma dama-de-ferro e decidi ser uma "dama-de-manteiga" o meu ex-futuro-pretendente me disse: Credo! Tem certeza que é você mesma Giana? Você não é assim! Nunca mais falei com ele. Não que ele seja pessoa ruim, mas as palavras dele me assustaram. Mas teve uma coisa que me assustou mais: eu não sabia se era ou não o que ele tinha dito. Não sei até hoje.
Depois desse episódio eu me escondi denovo na minha armadura, mas eu nunca mais fui feliz, ou pelo menos, tranquila.
Eu comecei a me lamentar, e o meu lamento é úmido e umidade destrói a armadura. Foi por isso que decidi tentar denovo, afinal, a armadura não vai durar muito tempo. Ou eu saio dela sozinha ou morro dentro dela!

Que Deus permita me encontrar e que meu anjo da guarda tenha forças para trabalhar em dobro!

Hasta la vista!
Giana___________????!

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