Teia.

Tem algumas pessoas que dizem que coincidências não existem,
nem energias, nem futuro, nem destino, nem nada.

Eu não faço parte desse grupo de pessoas.
Ao contrário, muitas vezes em minha vida reservo um tempo
valiosíssimo para observar as enormes teias que a vida tece, interligando
tudo e todos numa mesma teia.

Hoje de manhã, após comentários de duas colegas minhas eu disse:
" a vida é sádica".
E é mesmo.

Parece que ela gosta de brincar com nossos sentimentos,
nossas (in)certezas.
Quando se passa a maior parte do tempo reclamando de pequenos detalhes (nariz grande, olhos pequenos, ser negro, ser branco, ser pobre, não ter amigos, não ter ido naquela festa, não ter aquele carro, aquela roupa, ...)parece que vem a vida com sua enorme
paciência, nos puxa por um fiozinho muito sútil e nos leva pro outro lado da teia: o lado da realidade.
Num piscar de olhos alguém morre, fica doente, se afasta de você.
E a gente não entende e pragueja Deus.
Mas depois vem um entendimento, esquecem-se os pequenos detalhes e damos
valor àquilo que realmente importa: a vida.
E já nem lembramos qual o sapato da última moda, mas lembramos das noites em
que conversamos com amigos, sentados numa esquina qualquer, falando sobre
coisa qualquer.
E também já não importa quantos anos temos, o que fizemos. O que importa mesmo é o que decidimos fazer desse momento pra frente, de como queremos aproveitar os minutos restantes a que temos direito na complexa teia da vida.
Mas isso logo passa e de novo voltamos ao mundo das futilidades para que logos sejamos jogados novamente ao mundo das realidades.

Será que é isso que chamam de ciclo da vida???
Ou será o bom e velho:"nascer, crescer, multiplicar, morrer"?

Não sei.
Única coisa que espero é que tenha a oportunidade de viver muito tempo, por muitos
ciclos, incansavelmente.

Hoje, Niele só!
Bjus e uma (F)!