
João Chagas Leite
Desassossegos
Meus desassossegos sentam na varanda
pra matear saudades nesta solidão.
Cada pôr-de-sol,
dói feito uma brasa,
queimando lembranças
no meu coração.
Vem a noite aos poucos
alumiar o rancho
com estrelas frias,
que se vão depois.
Nada é mais triste,
neste mundo louco,
que matear com a ausencia,
de quem já se foi.
Que desgosto o mate
cevado de mágoas;
pra quem não se basta
pra viver tão só.
A insônia no catre
vara a madrugada,
neste fim de mundo
que nem deus tem dó.
Então me pergunto,
neste desatino,
se este é meu destino,
ou Deus se enganou:
todo desencanto
para um só campeiro
que de tanto amor
se desconsolo.
Bjus
Niele.
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