Parodiando uma grande amiga tenho hoje, aqui, meu momento de catarse.
Adivinhem de onde venho agora!
Não, eu não vou dizer. Faça um esforço.
Tá, eu dou umas dicas:
-eu moro numa cidade pequena
-faço parte de uma família tradicional italiana
-hoje é dia 31 de outubro.
E aí?
Não!
Não tem nada haver com Halloween.
Eu moro no BRASIL (e acho patética essa tentativa de fazer com que esse manifesto da cultura americana venha a ser também do Brasil. Hu brasileiro otário!)
Tá, eu digo:
fui limpar o jazigo dos meus avós.
Sem graça?
Se não teve graça então é porque você, caro leitor, criou expectativas.
O problema é todo seu se elas não foram sanadas.
Venho agora do cemitério.
Enquanto lá estava pensei em muitas coisas.
Primeiro, e que eu acho mais importante:
queria dizer que quando eu morrer quero ser cremada. Registro isso aqui
pra que mais pessoas saibam da minha vontade.
Primeiro que quero doar todos or órgãos possíveis. Já que eu não vou precisar
mais deles pra perambular pelo cosmo que sejam uteis a outras pessoas que aqui precisarem.
Segundo que acho uma bestera gastar dinheiro fazendo aquelas casinhas (que é como o cemitério é aqui). Pra quê, me digam!
Não vejo nada de vantagem. Se ainda fosse enterrado e que em cima só ficasse aquela
plaquetinha que eu não sei o nome, tudo bem.
Mas assim não. Eu não quero fazer parte de uma poluição visual (aquelas casinhas multicoloridas), nem, depois de morta, ficar servindo de pretexto pra quem queira
medir status social (quem tem o jazigo mais bonito, com mármore, com vidro, até com poltrona, meu Deus!)
Eu quero que meu espírito seja livre e nada mais.
Já pensou que ironia se algumas encarnações mais tarde eu tenha que esfregar meu
próprio jazigo, assim como faço com o dos meus avós?
Doidera!
Na verdade quero ser livre desde agora.
Quero ter um intelecto e um psiquico capaz de me livrar de situações de aprisionamento. Quero sentir o mundo, das mais variadas formas que existem.
Quero ser livre de mim mesma, sem cobrançãs, expectativas demasiadas, nem culpas recalcadas.
Quero ser mais um elemento da natureza, nem que pra isso eu tenha que virar cinza!
Giana!
5 comentários:
cinza.. que eh tao colorido que quando jogado num local cheio de flores, vai parecer brilhos de estrelas...
tah.. espero q demore muuuito...
e q nao construam a casinha!
q se misture ao po' q eu tb me tornarei..
e voaremos.. nos cosmos.. e sem os orgaos
heeheheheheheh
super momento de catarse funeral grupal!
ainn, posso compartilhar destes teus "desejos" de ser cremada, com meus órgãos doados, sem casinhas para ostentar riquezas e virando cinzas que brilham como estrelas?? [sim, juntei um pouco de cada Gii] mas de sério, não sei dizer o porquê de todos estes desejos de mostrar tudo o que se tem! são as pessoas materialistas que existem nesse mundo!
aahh, o titulo parece titulo de novela mexicana que passa na Record /11 heioaheoahehaie
sabe néé?
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eu naum vim de costela nenhuma, eu vi mdo pó e do pó retornarei...naum eh isso?
dexa te fala Gi:adorei esse post!
É as cinzas aqui e 'nois' no cosmos!
e lere...
Bjux querida
poiseh gi,
também quero ser cremada, e as cinzas jogadas ao vento, pois depois de morta quero continuar livre, como sempre fui...
não gosto do dia dos finados, pra que lembrar os mortos sem celebrar a vida??
não gosto de cemitérios, um templo para relembrar as dores já enfrentadas, axo tudo isso muito morbido...
e é isso ae, vamos aproveitar e falar da morte e de nosso próprio funeral enquanto podemos né...
;P
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