Este blog é para aqueles que, como eu, sempre que viajam de ônibus, carro, avião, jegue ou seja lá o que for, sempre aproveitam esse tempo para pensar, refletir sobre a vida ou mesmo distrair-se para o tempo passar mais rápido!! Boa viagem!!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Quando não se sabe o que dizer....

Quando eu comecei esse blog eu estava solteira.
Aliás.
Tinha o sido por todo o tempo anterior de minha breve existência.
Sempre tive um impeto de querer provar pra alguém que eu podia fazer as coisas.
Até hoje não sei a quem eu queria provar, mas sei que, de vez em quando, ainda me dá uns loucuras dessas.
Bem novinha, via minhas amigas se apaixonarem e se machucarem.
Pensava comigo: eu é que não vou me entregar pra esse bandido.
Mas teve o primeiro beijo, e é claro, eu tinha uma certa queda de 3.000 quilometros por aquele garoto. Pena que ele era muito ligeirinho e nem sequer desconfiou que aquele era o meu primeiro beijo. Me assustou. Tanto que passei anos adquirindo comportamentos frios e antihumanos pra tentar elaborar aquela investida voraz.
Depois disso, nunca dei chance ao acaso de me apaixonar.
Já ficava com alguém pensando em como eu ia fazer pra romper o laço.
Desenvolvi uma armadura.
Ninguém invadia mais meus pensamentos, meu coração.
Eu tinha amores de uma noite, de uma festa.
Esse era o tempo máximo de duração.
Depois disso mofava.

Mas como toda humana, um dia, por mais que eu corresse, eu ia me deparar com esse sentimento. E ele aconteceu.
Num acaso da internet, do orkut, eu encontrei alguém diferente.
Conversamos por meses até que ele veio pra um encontro de estudante (me ver, na verdade).
Sim, eramos do mesmo curso, mas de cidades diferentes.
E ficamos, e nos envolvemos. Foi tão natural. Eu não me preocupei em cortar laços
porque o término do encontro seria responsável por isso.
Passamos dois dias como se já fossemos um casal. O entrosamento, as histórias.
E fomos mesmo porque mesmo ele indo embora o laço não foi cortado.
E decidimos assumir uma história.
E foi linda.
Ah como essa história me tras coisas boas.
As vezes eu ainda choro, de saudade, de alegria, de nostalgia.
Foi uma coisa muito boa, e acabou.
Por dias eu procurei encontrar a razão. Muitas vezes me arrependi, queria voltar atras. Por outras não queria nem o cheiro de volta.
Uma vez eu li que o amor é uma droga. E eu acho que é mesmo.
Quando ele se vai, por mais que não queiramos mais a outra pessoa, há as crises de abstinência, o corpo sente.
Era alguma coisa que fazia parte de mim por muito tempo e que, de repente, não era mais.
Continuamos conversando e esse é o meu maior desafio. Nos gostamos, mesmo.
Só que não é mais paixão.
Tento aprimorar com ele minhas qualidades humanas.
Ter que ouví-lo dizer que está muito bem, muito animado com a nova namorada não é exatamente um carinho pro ego.
Ouvir suas queixas e não poder ir lá oferecer o ombro talvez seja pior que a primeira.
Não sei ligar o foda-se e mandar as coisas (ele) pro espaço.
Não sou assim.

Da mesma forma que um novo amor parece vir surgindo.
Ouvindo minha razão, eu deveria me conter, ir devagar.
Não me entregar tanto quanto na outra relação.
Mas eu não sou assim.
Não sei fazer as coisas por um pouco.
Ou é tudo ou é nada.
Me jogo. Adoro essa sensação de se jogar de olhos fechados no abismo.
Me jogo mesmo.
Me entrego.
Rezo antes, durante e depois e essa é minha única proteção.
Não vou deixar um amor que não deu certo. Quer dizer, dar deu, só não durou.
Então, não vou deixar um amor que não durou me fechar justo agora que eu tirei a armadura, justo agora que me libertei, me encontrei.
O amor antigo me ajudou nisso. Descobrir essa parte frágil e gostar dela.
Gostei tanto disso que vou continuar.

Se eu chorar, deixa.
Depois de uns dias eu seco a lágrima e continuo caminhando com a cabeça mais altiva que antes, porque sei que posso caminhar.

5 comentários:

homicida disse...

um nó na garganta,
mas a certeza que posso caminhar também...

Gianf. Meneghini disse...

Deu certo, mas não durou... perfeito, não sei o que dizer diante disso, meus olhos estão cheios de lagrimas, de saudade, dor, de um ombro pra chorar... fico feliz de ter feito alguem feliz...

Ícaro disse...

Sério Giana... Acompanho esse blog desde 2009, quando eu li o seu post de "16 de maio de 2009". Eu lia e relia e achava aquilo parecidissimo com certos momentos da minha vida...

Ai venho hoje ( puto da vida por estar sofrendo um fim de namoro de 2 anos ) reler ou até ver se você voltou a escrever aqui... E vejo exatamente o que estou passando ( o tentar conversar [ ela é do mesmo curso] e o tentar tirar a armadura, por mais que seja arriscado amar e sofrer novamente ).


Obrigado por mais uma vez escrever e mostrar exatamente o que estou sentindo SEMPRE nos momentos certos!

Boa sorte na vida moça!

Giana!! disse...

Quem é você Ícaro?
Quero dizer, de que lugar do mundo você é?
É perto que dê pra dividir uma breja e umas pensamentos não definidos?
Que bom que traduzo alguma coisa para algué, porque, embora escrevendo aqui, minha cabeça ainda gira, gira, gira....

Ícaro disse...

Pois é... Moro "só" um pouco longe. Lá em Natal. Seria ótimo dividir brejas e conversar.

E pode ficar certa que seus pensamentos são compartilhados por muita gente, comigo é que estes sempre vêm na hora mais exata.

É bom que nossa cabeça gire e gire, qual a graça em ter pensamentos imutáveis?